Hoje este termo já nos é mais familiar, embora nem sempre seu conceito esteja claro. Até mesmo nas áreas médica, educacional e terapêutica sua definição parece não ser tão precisa. Este artigo tem como principal objetivo oferecer ao leitor o conceito prático do que é a Psicomotricidade. Ao acordarmos pela manhã, para sentarmos, caminharmos, nos alimentarmos, praticarmos esportes, realizarmos atividades básicas de rotina, ou seja, ao executarmos todo e qualquer movimento corporal, necessariamente este movimento foi planejado pelo cérebro (sim, todos!). Chamemos a execução dos movimentos de MOTOR. Nos dias em que estamos mais cansados, tristes ou até mesmo em estado de motivação e euforia, a qualidade destes movimentos se altera, correto? Então, podemos entender que há uma correlação entre nosso estado emocional e a forma como nos movimentamos? Sim, podemos. Chamemos a inferência emocional de AFETIVO. Pensemos agora quando aprendemos algo novo: quando desconhecemos por completo o assunto a assimilação do conteúdo habitualmente é um pouco mais lenta, ao passo que se é algo já familiar, amplia-se a rede de conceitos, resoluções e a compreensão do assunto tornam-se bem mais precisas, e isto ocorre em diversas e concomitantes “partes” neurológicas. Chamemos esta capacidade de assimilação e correlação das informações de COGNITIVO. Estas três unidades (cognitivo, afetivo e motor) trabalham em feedback constante umas com as outras, proporcionalmente e mediante à maturidade, ajustando-se mutuamente para a harmonia do sistema do indivíduo. Cada uma delas possui milhares de variáveis, exploraremos paulatinamente nos artigos subsequentes. A Psicomotricidade então compreende a capacidade de executar o movimento de forma coesa e precisa, desde seu planejamento até a sua realização, ou seja, é a correlação do COGNITIVO + AFETIVO + MOTOR. Quanto mais este sistema é retroalimentado, maior será o desenvolvimento em cada uma destas unidades, potencializando então a capacidade de gerenciamento delas; quanto melhor o gerenciamento, maior o refinamento, a precisão. O resultado disto é um indivíduo mais seguro, mais autônomo, com mais autoconhecimento e com melhor desempenho em sua comunicação.
E você querido leitor, como tem alimentado seu sistema?