O objetivo deste artigo é levantar questões que estão envolvidas na motivação de equipes através da educação, perpassando pela conceituação de algumas situações e a descrição da educação nas organizações.
Equipes motivadas são o sonho de qualquer empresa! Mas identificar como as pessoas chegam a se sentir motivadas é foco de estudo há décadas. Remuneração, benefícios, reconhecimento, clima organizacional, visão de futuro: são muitas as possíveis razões para elevar a motivação de uma equipe. E a escolha dependerá da urgência dessa conquista.
Entender o que já se estudou a respeito ajuda a estruturar uma estratégia.
Segundo Chiavenatto (CHIAVENATTO, 2009) a motivação é um dos fatores que influenciam o comportamento das pessoas e é, também, definitivo para permitir o entendimento deste comportamento.
MOTIVAÇÃO = MOTIVO
Ao se criar uma analogia entre motivação e motivo, é possível se compreender um pouco melhor o seu impacto nas empresas.
Motivo “é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico” (CHIAVENATTO, 2009, página 50). De forma geral, motivação trata dos “motivos da ação humana” (BARREIRA, 2011).
A origem desta ação pode ser externa à pessoa (extrínseca), advindas de situações do ambiente externo como um todo, ou interna (intrínseca), originando-se nos processos mentais da pessoa. A teoria Behaviourista trata mais focadamente das questões externas, enquanto a teoria Psicanalítica foca as questões do indivíduo (BARREIRA, 2011).
PIRÂMIDE DE MASLOW
Abraham Maslow (MASLOW, 2000) desenvolveu uma teoria que considera que a motivação é regida por uma hierarquia de necessidades. Ela tem um referencial humanista. Segundo esta visão, as necessidades vão desde aquelas ligadas à sobrevivência – as quais ele chama de “necessidades inferiores” – até as necessidades de auto-realização – chamadas por ele de “necessidades superiores”.
Segundo esta teoria, a motivação só é possível quando as necessidades básicas foram atendidas.
COGNIÇÃO
As Teorias Cognitivas da Motivação surgiram a partir de dos anos 60, as quais consideram que a motivação e a cognição são indissociáveis.
“Cognição refere-se a um conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção de conhecimento sobre o mundo. Tais habilidades envolvem pensamento, raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de resolução de problemas, entre outras funções.” (SIMONETI, 2012, página 1).
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
As empresas perceberam que a Educação ajuda a modificar comportamentos através da mudança nos modelos mentais ainda na década de 40. Porém, somente nos anos 80 é que esse processo se tornou acirrado. Afinal, foi neste período que começamos a nos ver em um cenário onde a mudança é a lei. E adquirir conhecimento é uma necessidade contínua.
A Educação Corporativa, por isso, tornou-se uma necessidade e um parceiro indiscutível na conquista de objetivos e metas!
Porém, é importante enfatizar que ela não se limita à aplicação de treinamentos, pois enquanto estes são de curto prazo e de visão limitada, ela é ampla e com objetivos de médio e longo prazos. Por isso mesmo deve estar alinhada aos objetivos gerais da organização.
O impacto da Educação Corporativa sobre o desempenho pode ser o reflexo do fato de possibilitar o conhecimento do que “deve ser feito” e a conscientização quanto aos objetivos da organização.
Entretanto, acredito que ela seja o resultado da criação de uma perspectiva maior, já que traz para os participantes uma visão de futuro.
Visão de futuro inspira! E equipes inspiradas vão além de estar motivadas, pois percebem sentido no que estão fazendo.
Educar dá sentido ao que se faz!
BIBLIOGRAFIA:
MASLOW, Abraham Harold. Maslow no gerenciamento. Rio de Janeiro: Qualimark, 2000.
SIMONETI, Luciane. O que é Desenvolvimento Cognitivo? Ciência do Cérebro, 2012; Disponível em: https://cienciadocerebro.wordpress.com/2012/09/05/o-que-e-desenvolvimento-cognitivo/.