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Fonoaudiologia e os Distúrbios de Aprendizagem

em terça-feira, 18 de abril, 2017

Fonoaudiologia e os Distúrbios de Aprendizagem

O Distúrbio de Aprendizagem é um assunto que gera muitas dúvidas e discussões. Prevenir e Intervir nestes déficits é papel do Fonoaudiólogo juntamente com outros profissionais. Muitas pessoas da área educacional e da saúde desconhecem esta atuação profissional do Fonoaudiólogo e a importância deste trabalho que vai além da clínica e dos consultórios, vendo o sujeito que não lê como alguém que pode sofrer por não estar correspondendo ao que é esperado dentro da normalidade para maioria das crianças da faixa etária a que pertence. Quando o fracasso escolar surge, muitos profissionais podem atuar com a criança, buscando sanar tais dificuldades, inclusive o Fonoaudiólogo, mas as indicações dos profissionais devem ser pertinentes a cada caso.

Nos últimos anos, o termo Distúrbio de Aprendizagem tem despertado muitas discussões e indagações acerca do assunto como a definição de causas e procedimentos terapêuticos. Estas indagações nos levaram a repensar questões importantes, como a discussão referente a quais profissionais estão habilitados a realizar intervenção preventiva ou terapêutica. Atuando de forma preventiva, o Fonoaudiólogo pode buscar minimizar os atrasos e as dificuldades que poderão se manifestar no aprendizado da leitura e escrita. Este profissional é legalmente habilitado para realizar a prevenção e a reabilitação nas crianças que porventura não conseguem acessar de forma plena a linguagem escrita.

Este trabalho é muito profundo, onde o Fonoaudiólogo vê o sujeito não leitor como alguém que pode estar em sofrimento por não estar correspondendo ao que seria esperado dele em seu curso de desenvolvimento. Desta forma, o profissional deve ter em mente que ele deve avaliar não apenas a criança em si, mas os fatores como ambiente em que ela está inserida e a metodologia escolar adotada, pois esta criança pode não ter um DÉFICIT de APRENDIZAGEM, mas sim não se adaptar ao método proposto ou mesmo ter poucos estímulos em seu lar. Analisadas estas nuances,mesmo sem estes fatores externos,podemos assim analisar de forma critica o déficit em si. Tal distúrbio pode se manifestar acompanhado de outros fatores, como alterações do Processamento Auditivo, déficits linguísticos e outros que podem interferir de forma negativa na aprendizagem da escrita. Nós, Fonoaudiólogos devemos ter um OLHAR CAUTELOSO sobre este Distúrbio, pois sabemos que a aprendizagem do código gráfico representa para o indivíduo um marco importantíssimo em seu desenvolvimento, sendo um fator diferencial numa sociedade leitora.

Assim, desta forma, cabe a nós transmitir ao demais colegas da equipe escolar os conhecimentos e formas de atuação com estes jovens. A passagem deste conhecimento pode e deve ser realizada dentro das escolas, por meio de palestras e reuniões informativas com a equipe e com os familiares.



por Andréa de Cerqueira Lima Ribeiro

Formada em fonoaudiologia em 1994 pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, aperfeiçoou-se em Audiologia Educacional pela Irmandade Santa Casa de São Paulo em 1996 e se especializou em Adolescência para Equipe Multidisciplin(...)